Uma menina pequena, um mundo grande
Era cedo, mas tinha que se levantar. A roupa ficava sempre selecionada, em cima da cadeira, desde a noite anterior. Era cedo mas tinha que sair de casa. Calçava-se, vestia o seu casaco amarelo e lá ía, a pé, cerca de 1 quilómetro por um passeio longo paralelo à estrada, com os seus pensamentos e o vento frio a rosar-lhe as bochechas. Com apenas 6 anos, de mochila às costas, ela sabia que queria mudar o mundo. Não tinha que o mudar todo!! Nem de uma vez! Mas queria contribuir para um mundo melhor, ter um papel activo nessa mudança. Melhor, uma voz activa! A voz que sentia dentro sempre teve vontade de sair e marcar posição. Por mais justiça (ainda longe de perceber que este é um conceito complicado). Como qualquer grande feito, são precisos pequenos passos para lá chegar. Os passos do momento ainda a levavam em direção à escola! Lembro-me destes dias não como se tivessem sido ontem, mas como uma recordação doce de quem fui. Daquelas que nos acompanharão toda a vida. Talvez parte dela